Transtorno de conduta sexual também chamado de parafilia, a pedofilia se caracteriza pelo desejo sexual recorrente por crianças ou pré-púberes. Considera-se uma relação pedófila quando a diferença de idade entre os envolvidos é maior que cinco anos, exceção feita no relacionamento entre adolescentes. Um pedófilo não é só o que consuma o abuso, mas o que tem fantasias sexuais e excitação freqüentes diante de corpos infantis. Quase sempre são pessoas afáveis e tímidas sexualmente. São imaturas no desenvolvimento de sua sexualidade. O sentimento de poder pode estar presente, mas o comum é que com crianças o pedófilo se sinta mais tranqüilo, livre de cobranças.
As seqüelas para as vítimas serão tão mais graves quanto mais violento for o abuso. A pedofilia expõe a criança a algo que ela não está aparelhada nem física nem psiquicamente para lidar. Na vida adulta, poderá ter transtornos e bloqueios sexuais e até repetir o abuso. Os casos em que o abusador é alguém a quem a criança nutre admiração, respeito e amor são mais perturbadores. Ela vive uma grande contradição ao passar de uma relação de autoridade e cerimônia para um contato físico absolutamente carnal. Teme falar e até sentir o que sente.
Michael Jackson
O caso mais notório foi o de Michael Jackson. A primeira acusação de pedofilia ocorreu em 1993, quando foi processado. A queixa foi resolvida sem a intervenção dos tribunais, com um acordo milionário: US$ 20 milhões. Para justificar o ocorrido, Jackson concedeu uma entrevista ao jornalista inglês Martin Bashir, em 2003. Ao seu lado durante a declaração e quase toda a entrevista, esteve um menino de 13 anos. Eu assisti a esta entrevista, fiquei horrorizada com as declarações e atitudes de Michael. Ao invés de melhorar sua situação perante a opinião pública, o cantor acabou se condenando ainda mais ao declarar que não há mal nenhum em dormir na mesma cama com uma criança.
Igreja Católica
Os casos de pedofilia que envolvem padres, no mundo inteiro, é que chamam mais atenção e suscitam um debate sobre até que ponto a repressão sexual influi na deturpação da libido. Arnaldo Jabor, jornalista e ex-seminarista, num artigo publicado no jornal ‘O Globo’, afirmou que a pedofilia na Igreja é conseqüência direta do celibato, e que a sexualidade, força máxima da vida, uma vez esmagada, vira uma máquina de perversões.
Uma estupidez sem tamanho. A pedofilia dá-se também entre os casados. Aliás, a imensa maioria dos pedófilos é casada. O celibato não é um dogma da Igreja, mas uma disciplina eclesiástica. De acordo com padres casados, 39 papas tiveram mulheres. O celibato vale apenas para a igreja latina, que segue a doutrina romana. Na Ucrânia e no Líbano, padres católicos podem ser casados, porque a Igreja Católica do Oriente permite.
Mas, é alarmante o número de religiosos envolvidos em casos de má conduta sexual, o que inclui abuso sexual contra crianças e também contra mulheres. O problema é que o Vaticano prefere manter a política do silêncio, abafam as denúncias e protegem os agressores. Um documento confidencial do Vaticano elaborado há mais de 40 anos revela uma política que demanda total discrição em casos de abuso sexual cometidos por sacerdotes. O informe escrito em 1962 diz que qualquer pessoa que fale de casos de abuso sexual pode ser expulsa da Igreja. A quantidade de crianças que sofrem abusos sexuais por parte de religiosos poderia ser bem menor se a Igreja não protegesse o agressor. (fontes: revistas Época e IstoÉ, jornal O Globo)
a homossexualidade no decorrer da histór
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