O título original do filme refere-se a uma pequena cidade da Suécia onde moram as protagonistas. Considerado polêmico fora da Suécia, nos países de língua inglesa foi distribuído como ‘Show me love’, ‘Fucking Åmål’ é a estréia em longa-metragem do cineasta Lukas Moodysson. O diretor começou aos 17 anos escrevendo poemas e romances. Ingenuidade e simplicidade são os segredos do filme. Com uma visão singela, Moodysson retrata de forma sensível a vida de duas garotas que se descobrem lésbicas. Numa comédia leve e moderna, o diretor fala da coragem que é necessária para se ser diferente.
Agnes (Rebecka Liljeberg) e Elin (Alexandra Dahlström) são as únicas que apostam na diferença e enfrentam com praticidade, a descoberta. A primeira veio de outra cidade, não consegue fazer amigos no colégio, é a rejeitada e a que já tem o gosto pelo sexo semelhante, nutrindo amores por Elin, a menina mais popular do colégio, porém o único a saber desta paixão é seu computador, onde ela faz todas as suas anotações. Elin, por sua vez, cansada de ser objeto nas mãos dos garotos e fugindo do lema "falem mal, mas falem de mim", muda quando vai à fracassada festa de aniversário de Agnes. Dá um beijo nela, despertando um turbilhão de desejos escondidos, surgindo daí um sentimento recíproco.
Enquanto a impopular tem uma família perfeita, a outra mora com a mãe solteira, tendo o pai ausente. Há um desejo de se libertar, envolto na frustração por morarem numa cidade interiorana. Mas viver um amor entre iguais não é algo muito fácil: preconceito, auto-aceitação, dúvidas. A partir de então, uma crise de identidade passa a fazer parte da intimidade das duas garotas, que se vêem apaixonadas, mas não sabem como assumir a relação.
A pressão da escola, amigas e meninos fazem com que elas tenham de tomar uma decisão definitiva. Contudo, elas fizeram uma escolha importante em suas vidas e se mostram adultas o suficiente para tomarem suas decisões, tentando não se preocupar com os outros.
‘Fucking Åmål’ é simples, sem ser fácil. Vai direto ao ponto, sem julgar ou opinar. As angústias adolescentes com relação à sexualidade são tratadas com muita sensibilidade e a coragem de colocar os sentimentos para fora é a maior virtude desta obra. O amor lésbico é tratado suavemente por Moodysson. Não há pressa, já que elas têm uma vida toda pela frente.
Fugindo da maioria dos enfoques sobre a questão homossexual, o diretor revela um final surpreendente, prático e simples, envolvendo um banheiro e muita gente no corredor, negando os conceitos "difícil" e "problemático", comumente destinados à adolescência.
a homossexualidade no decorrer da histór
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