Terça-feira, 4 de Agosto de 2009
Lisa Du Preez

Conhecida na Inglaterra por estampar anúncios de sites de namoro, flyers de boate e ter trabalhado mais de dez anos como modelo de lingeries, Lisa Du Preez resolveu revelar o seu maior segredo: a sua transexualidade. Assim que descobriu que era diferente dos outros meninos, Lisa ficou fascinada por um estojo de maquiagem que sua irmã ganhou de presente de Natal. Logo depois, começou a ir a boates gays e resolveu começar uma terapia com hormônios femininos e se travestiu pela primeira vez aos 22 anos. Lisa, hoje com 35 anos e vivendo em Middlesex (Inglaterra) enganou até o noivo com quem se casará em breve. No inicio do namoro, quando ainda não tinha tido relação sexual, o noivo achava que Lisa era uma mulher, quando descobriu ficou assustado, mas depois aceitou. Em 1999 Lisa finalmente decidiu fazer a cirurgia de readequação sexual.

James WhartonNa Guarda de Coldstream, onde a testosterona costuma ditar o comportamento de dezenas de soldados britânicos, o então tenente Mark Wakeling era conhecido como brutamontes. Entre seus colegas, o rapaz sempre se orgulhava de ser o mais durão, aquele com a melhor forma física, e, obviamente, o mais agressivo. O militar ria de piadas homofóbicas e dizia que era o mais hétero dos heterossexuais. Porém, há 10 anos, Wakeling assumiu sua homossexualidade. Este mês, pela primeira vez, a capa da ‘Soldier’, revista oficial do exército britânico, mostra o soldado gay e fardado James Wharton sob o título ‘Orgulho’. A edição mostra que uma década após as Forças Armadas suspenderem a proibição de homossexuais na caserna, o Exército finalmente se sente à vontade com o novo perfil de seus componentes.

Militares britânicos hoje marcham em Paradas Gays em seus uniformes e há poucos meses o chefe do Exército, general Richard Dannatt, discursou em um congresso da comunidade GLBT. Para Mark Wakeling, que interrompeu a sua carreira militar devido à orientação sexual, a notícia da capa com o soldado James Wharton pode abrir novos caminhos. Para ele, que se arrependeu por ter desistido e por isso, não ter atingido as suas ambições no exército e ter uma carreira bem sucedida, é fantástico os militares serem eles mesmos. A mudança que permitiu o serviço de homossexuais no Exército britânico ocorreu em 2000, após dois anos de batalha na justiça envolvendo três gays e uma lésbica, dispensados da Marinha Real e da Força Aérea Britânica (RAF), após serem descobertos como homossexuais.

Victor ArgelaguetVictor Argelaguet é presidente e um dos fundadores da ‘Gaylespol’ (Associação de Policiais Gays e Lésbicas) fundada há três anos em Barcelona, na Espanha com o propósito de combater a discriminação no ambiente policial. No ano passado, a ‘Gaylespol’ participou da ‘4ª Conferência Européia de Policiais Gays e Lésbicas’, para discutir a homofobia e a violência praticada por membros da polícia contra homossexuais. O fato de policiais gays se reunirem em associações é uma realidade em lugares como Espanha, Inglaterra e Itália.

A idéia da associação, surgiu quando Victor Argelaguet, que também é membro da ‘Guarda Urbana’, morou na Holanda e constatou através de contatos com a associação de policiais deste país, a importância da visibilidade para mudar determinados preconceitos e atitudes discriminatórias, partindo do princípio que a missão da polícia é garantir os direitos e liberdades, e lutar contra a homofobia faz parte de seu trabalho. Na Espanha, cometer um delito com motivação de discriminar um gay ou uma lésbica é delito grave, assim como negar um serviço ou um emprego público por homofobia. E os discursos que incitam o ódio ou violência contra um grupo de pessoas também são considerados crimes.

ILGANum total de 25 países e 5 territórios da Europa proíbem a discriminação com base na orientação sexual. Os dados são de uma pesquisa conduzida pela ILGA (Associação Internacional Gay, Lésbica, Bissexual, Trans e Intersex) que investigou 50 lugares. Apenas 2 países, Portugal e Suécia, incluem essa proibição expressa na constituição. Em 20 países os homossexuais podem unir-se legalmente. O matrimônio com adoção é permitido em 5 países (Suécia, Bélgica, Holanda, Espanha e Noruega). Leis que beneficiam os casais do mesmo sexo são comuns em 12 nações, entre elas, o Reino Unido, a França, Alemanha e Dinamarca. (fontes: JBOnline e OGlobo)



publicado por star às 17:08 | link do post

De Fabí a 6 de Agosto de 2009 às 09:26
Seria bom se essa evolução chegasse logo aqui...


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De
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